Mas quem disse que eu te Esqueço

Tristeza rolou nos meus olhos do jeito que eu não queria

E manchou meu coração, que tamanha covardia

Afivelaram meu peito pra eu deixar de te amar

Acinzentaram minh'alma, mas não cegaram o olhar

Saudade amor, que saudade

Que me vira pelo avesso,

e revira meu avesso

Puseram uma faca no meu peito

Mas quem disse que eu te esqueço

Mas quem disse que eu mereço

Láiá... Lá laiá... Lalaiá... Lá laiá ... Lá laiá... Lá laiáLá... Lá laiá... Lá laiá... Lá laiá...

Sambinha de Ivone Lara pra homenagear e matar as saudades do Rio com mais alegria, uma vez que o cerrado... tem ganhado som, cor e sabor nos últimos dias!!!

Amigos, Sambas e Carioquices em pleno cerrado

Enfim o Rio visita o cerrado, trazendo consigo todo seu calor, sabor e pra não esquecer o glamour...foi assim que o cerrado ganhou suing, rebolado, dentro de suas formas planas e avermelhadas... ganhou sorrisos e simpatia...além de esbanjar muita alegria.

Coroado com samba, suor e cerveja, em um sábado ensolarado, fui brindada este fim de semana com a presença de ilustre amiga carioca...que além de alegrias me trouxe outro olhar sobre as relações e identidades com planalto central.
Dentre muitas gargalhadas e goladas de cerveja, refletíamos sobre atuais e antigas estórias, sobre não mais as malditas diferenças entre o cerrado e mar, e as malfadas distância e saudades, vontades e cordialidades...mas sobre as infindáveis possibilidades deste lugar, o lugar do Poder, das relações sociais imbricadas de um status, cercada de intenções (quartas, quintas), mas sobretudo um lugar de relações humanas, construídas por pessoas, diferentes claro(!), cada qual com seu sotaque, identidade e vontade... que seja por acaso do destino ou da esperança, encontram-se hoje reunidas neste lugar .
Um lugar que brilha aos olhos da descontração e das descobertas... dos sorrisos e anseios de gente de todo Brasil que aposta , nesta reta e empoeirada cidade as fichas do jogo de suas carreiras, de seu sucesso e de suas vidas...
Foi realmente muito difícil pra uma carioca “resiliente”, como eu, dar o braço a torcer... e abrir os olhos pra ver e reconhecer que diferentemente das relações apontadas por Nobert Elias em seu texto “Os Estabelecidos e Outsiders”...aqui há inúmeras possibilidades de inserção...de se sentir incluída...mesmo que se resista...os transgrida os limites, e as regras para tal sociabilidade.
Dentre outras tantas problematizações e soluções pensadas, faladas e sentidas neste fim de semana foi o apontamento mais primoroso, de que o mar e a montanha, vão sempre estar lá, talvez sem a mata atlântica, ou quem sabe com Ipanema mais poluída.... mas estarão lá com o Redentor sempre de abraços abertos a receber seu filhos pródigos...
E assim ... ao som, muito familiar, dos versos de Chico, na voz doce de cantores de samba ,se embalou mais um grande reencontro do Rio com o Cerrado.

Frase do Dia no Divã da Naná

“Sou tão misteriosa que não me entendo.”- Clarice Lispector

Hoje acordei assim...misteriosa, com um é algo de secreto, escondido, de causa oculta; ou seja, algo que não se pode explicar.
Uma sensação de alívio e vazio misturadas a uma preguiça e a uma vontade...desdobramento da ansiedade e expectativa de um dia com muitas possibilidades, encontros, sensações, planos e uma infinidade de escolhas
Porém sensação de apreensão, nega a expectativa, de que tudo pode não acontecer...a o Não!!!! como muito me assustas...contudo a possibilidade do não, hoje, me acalma... ao ponto de me extasiar naquela vontade de preguiça, e ou ainda esvaziada , porém preenchida de um alívio aconchegante...de deixar a vida acontecer, sem tentar entender os mistério do meu ser...

Saudades, Desejos, Tempo Espaço e Letras

Então... faz uns dias que não falo com meus amigos do Rio, de longa data, com amigos fiéis e leais...com aquele em especial...Pois há um problema na conjunção dos planetas e na comunicação bancária que não reconhece as transações de pagamentos feitas pela Internet... enfim são os ônus da Pós-modernidade...e ela me deixa mais longe, me distancia do mundo, dos de casa e de você!!!
Harvey que falava do tempo irreal e do espaço de fluxos dos tempos Pós-modernos não me alertou disso...o dá um saudade de estar apenas alguns bairros ou minutos de distancia de você(especial)!!!!
enfim...saudade do sal e sol...das tardes de domingo... saudades até do que não vivi ao seu lado...mas não quero manter o tom melancólico... e sim falar-lhe, a você e a todos amigos do tempo que vivo...talvez irreal... numa fantasia, ou num espaço onde só há fluxo...
É nesse tempo irreal , por vezes é assim que o percebo, e neste espaço onde o fluxo, não flui... onde se estagna a burocracia das relações pessoas e se perdem os gostos... como o alcalino e o salgado do mar e o amargo e do doce do chope com pastel , aos fins de tarde de domingo, no Bar do Adão ... dos inesperados sabores dos carinhos, afetos e dos beijos seus... do gosto e do prazer de cigarro, cerveja... e do sol quente e úmido pela manhã...
Enfim... queria lhes falar ... das experiências que vivo diariamente, se é assim que se conta esse tempo a cada dia mais irreal...Santo Harvey!!!
Dias de alegrias externalizadas em passeios solitários ao sol, e livros devorados... da alegria aliviada de dominar os caminhos e as malditas tesourinhas...RS... da alegria satisfatória de concluir relatórios técnicos...e cozinhar feijão sem recita...da alegria de reviver a cada dia q nasce...
Porém estes dias são intercalados de dias de confusão de sentimentos, dias presos em hum horizonte seco e sem fim do cerrado, de pessoas caladas, de silêncio, frio, retas, e planos... dias esses potencializados pelos momento de tristezas incontidas do sem sabor deste lugar, ou melhor do gosto empoeirado, da figura sem cor, sem prazer destes que transitam focados somente em si... na busca de uma vida vil, material, de reprodução inconsciente, praticamente alienada...
Por fim queria lhe dizer do amor e da certeza que sinto, que tenho, do prazer de lhes escrever essas coisas...mesmo que sem nexo aos olhos dos desconhecidos ou desinteressados...espero aqui dias de conquistas, mas não as materiais...e sim dos espaços, dos fluxos, do tempo, do irreal, das relações, enfim do que há dentro das carapaças das pessoas daqui...da conquista de mim por mim!!!!