quinta-feira, 22 de outubro de 2009

E em Brasília, uma naná um tanto quanto melancólica e nostalgica...

... passava o resto do dia representando com obediência o papel de ser.
  por Clarice Lispector 


O que ela pensa enquanto desloca-se

        Ela acorda cedo, não consegue ficar deitada em sua cama como de costume, esta ansiosa. Arruma-se. Vai para o aeroporto. Pensa ao cehgar no aeroporto que esqueceu algo que precisará certamente. No aeroporto esta inquieta, não consegue ficar sentada, esta nervosa. Pensa em seus amigos, familia, amores, pensa sobretudo em tudo que passou junto a eles e o que deixará de viver, mas segue firme, sua decisão foi tomada. E os dados foram lançados. Tomou uma decisão dificil, tão dificil quanto outras que já tomou na vida. Almeja mudar de vida e automaticamente mudará também. Mas não só passa isso por sua cabeça. Passa também que encontrará o novo, espera o novo: novas pessoas, novos desafios, novos amigos, novos amigos e novos amores. Exibe, sem querer, um sorriso de canto de boca, porque também vê as coisas boas que passou onde sempre esteve e porque espera coisas novas.
 
        O avião anucia seu embarque. Ela suspira, já fez o despacho de sua bagagem, deve ter pago excesso de bagagem. No avião vê as nuvens e despede-se de maneira sublime da Cidade do Rio de Janeiro, que com certeza é bem mais bonita vista de cima.
 
        Desembarca em Brasilia, de imeadiato observa que a cidade é feita de retas, isso a incômoda um pouco, esta acostumada ao caos de sua cidade natal, não esta acostumada a tanta organização. Segue seu destino, chega em sua casa nova, arruma suas coisas. Dorme, no dia seguinte terá que trabalhar. Iniciará sua nova jornada. Conhece pessoas no trabalho que até agora não sabe se pode ou não confiar, mas sabe que a vida, intuitivamente, não é feita de desconfianças, mas é prudente.
 
        Sente saudades de seus amigos aqui do rio, mas segura sua angustias. Pensa: "minha decisão foi tomada!" ou diria como Sartre: "os dados estão lançados!!!!!"
 
 
Fiquei imaginando um pouco como foi seu trajeto até sua nova cidade, casa e trabalho, e nas coisas que passaram pela sua cabeça, posso estar errado, eu sei, mas devo ter acertado em alguma coisa. Meu grau de problematização das coisas me leva, quase que automaticamente a fazer isso, é impossível barrar, só posso conviver com.
Querida, sinto sua falta também. E que bom que Brasilia esta a somente 1h e 30 min do Rio, sempre vamos poder nos ver.
Desejo a você toda sorte do mundo, espero que seja aberta ao amor e afeto daqueles que encontrar por aí, e serão muitos. Lembre-se daquilo que já me disseram: "as vezes abrem-se abismos bem diante de nossos olhos, isso assusta, e algumas vezes nos impede de olharmos adiante ou para o lado. Fique calma, organize suas coisas, faça coisas sozinhas quando não tiver o que fazer com ninguém, beba, durma, cuide-se, alimente-se. Preencha seu dia de coisas belas, olhe as arvores, as flores, escute musicas que você gosta, coma chocolate ( mas não muito!), vá ao cinema, leia um livro, tire fotos, divitar-se, entregue-se, aja como se o mundo a esperasse, porque nós precisamos ir ao encontro do que nos espera, acho que isso é o que deve fazer aqueles que arriscam na vida! Lembre-se que na vida sempre existi um "ou não", e que sempre podemos mudar de idéia! Sempre!
 
Te amo, te adoro, e espero te ver em breve!!!!
 
Cuide-se, cuide-se, cuide-se, por todos aqueles que gostam de ti aqui.
 
Beijocas, Fica com Deus e quando precisar pode me ligar a qualquer hora do dia ou da noite, feriado ou FDS.
 
(Texto enviado em 24 de janeiro de 2008 um dia após eu ter vindo a Brasília)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Hiii...

Faz uns três dias que ando assim... com saudade...
Mas não sei bem do que, quando ou de quem...
Uma saudade de emoções e sentidos...
Uma saudade com melodia do vento...
Uma saudade com textura macia, fofa...
Uma saudade com cheiro de flor...cheiro de mar...
Uma saudade com gosto de doce, de beijo na boca...
Uma saudade de colo quente de mãe, seguro de pai, forte de homem...
Uma saudade de toque...
Uma saudade de presença, sentença, crença...
Uma saudade de carinho dado, espalmado, apertado...
Uma saudade de intimidade, privacidade e confiabilidade
Uma saudade animada, mimada, espalhada
Uma saudade assim...
Uma saudade de um tempo, um  alguém, um olhar para dentro de  mim...