terça-feira, 29 de julho de 2008

Amigos, Sambas e Carioquices em pleno cerrado


Enfim o Rio visita o cerrado, trazendo consigo todo seu calor, sabor e pra não esquecer o glamour...foi assim que o cerrado ganhou suing, rebolado, dentro de suas formas planas e avermelhadas... ganhou sorrisos e simpatia...além de esbanjar muita alegria.

Coroado com samba, suor e cerveja, em um sábado ensolarado, fui brindada este fim de semana com a presença de ilustre amiga carioca...que além de alegrias me trouxe outro olhar sobre as relações e identidades com planalto central.
Dentre muitas gargalhadas e goladas de cerveja, refletíamos sobre atuais e antigas estórias, sobre não mais as malditas diferenças entre o cerrado e mar, e as malfadas distância e saudades, vontades e cordialidades...mas sobre as infindáveis possibilidades deste lugar, o lugar do Poder, das relações sociais imbricadas de um status, cercada de intenções (quartas, quintas), mas sobretudo um lugar de relações humanas, construídas por pessoas, diferentes claro(!), cada qual com seu sotaque, identidade e vontade... que seja por acaso do destino ou da esperança, encontram-se hoje reunidas neste lugar .
Um lugar que brilha aos olhos da descontração e das descobertas... dos sorrisos e anseios de gente de todo Brasil que aposta , nesta reta e empoeirada cidade as fichas do jogo de suas carreiras, de seu sucesso e de suas vidas...
Foi realmente muito difícil pra uma carioca “resiliente”, como eu, dar o braço a torcer... e abrir os olhos pra ver e reconhecer que diferentemente das relações apontadas por Nobert Elias em seu texto “Os Estabelecidos e Outsiders”...aqui há inúmeras possibilidades de inserção...de se sentir incluída...mesmo que se resista...os transgrida os limites, e as regras para tal sociabilidade.
Dentre outras tantas problematizações e soluções pensadas, faladas e sentidas neste fim de semana foi o apontamento mais primoroso, de que o mar e a montanha, vão sempre estar lá, talvez sem a mata atlântica, ou quem sabe com Ipanema mais poluída.... mas estarão lá com o Redentor sempre de abraços abertos a receber seu filhos pródigos...
E assim ... ao som, muito familiar, dos versos de Chico, na voz doce de cantores de samba ,se embalou mais um grande reencontro do Rio com o Cerrado.

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