domingo, 27 de setembro de 2009

Presentes que o Rio me dá...parte I

O Rio sempre me dá presentes preciosos como este: amigo há 15 anos, poeta, de um senso de humor, ácido e invejável... recebo este texto com presente... muito obrigada!

Texto para Naná
Que saudade dos arcos e daquelas noites risonhas e úmidas onde eu era tão eu.
Agora estou aqui nesse céu estrelado onde o ar faz perder o fôlego e a noite chia como dia.
De todo o jeito minha mente parece não ambientar-se com os lugares onde amores possíveis e impossíveis podem acontecer.
Estranhamente meu sorriso, minha pele e meu olhar conflui para junto ao perfume e aos sorrisos meio sem jeito, deles, lá do outro lado.
Ainda não compreendo se essas barbas são meninos com pêlos ou homens se afirmando. Assim como não sei se devo evocar minha parte menina ou ser a intrépida mulher contemporânea.
Horas isso tudo faz sorrir e há tempos que soam como um pequena dor.
E nesse amálgama meio sem sentido, como um samba feito para emas do cerrado, ou lobos guarás no meio lapa, vou curtindo minha história.
Já que falamos de animais, penso neles, os homens... alguns meninos lobos, outros macacos pregos, mas no final todos são emas desengonçadas que acabam quebrando coisas e deixando alguns cacos.
Adoro ser mulher, mas amo ser inteligente e às vezes tenho a impressão que as duas coisas parecem afugentar os homens.
Mas aqui continuo filosofando minha vida e a maravilha em ser eu... Natasha.

Abian Laginestra

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